Trabalhadores do Comércio - Lucinda

Lucinda, Tôdus te bêm felartiandu, de bez em cuandu.
Lucinda, Mátasme tôdu, tirasma calma! Partesma alma!
Lucinda, Oh! és tam linda! És um encantu, pur issu cantu

Qué que tu isperas ter Lucinda?
Sabes que num possu darta Lua.
Qué que tu me queres dizer Lucinda?
...Que antes preferes a rua?!

Lucinda, Chega de prantu, que te faz feia. Dáme uma ideia:
Que é que tu me queres dizer Lucinda
Tu numinganes, tu nume mintas, chêga de fintas

Tu sabes bem cumu partir u curassom dum home!
Purqué que tinhas que cumêla au tipo du trombone?
I pra iscapar já nem atendes u telefone…
Lucinda apanheite cuma pinga de leite...!

Nu cantu da bôca.
Lucinda, tu queras a gaija dus meus sônhus...
Tu que fizestes piquênus us meus dias + grandes
Tu que fizestes grandes us meus deseijus + piquênus

Tu que fazias com ca minha pele suabe, de nalga de
bébé, se transfurmasse em péle de galinha de cada
bêz cas tuas unhas pustissas me russabom us pápus!...

Tu qu'eu amei desmedidamênte durante anus i anus
a fiu... Mêsmu cuandus teus dêdus s'enruscabom nus
remuinhus du meu cabêlu empastadu de brilhauntina.

Tu, tu i sêmpre tu, Lucinda!...
Tu que apesar de tôdesta felicidade desburdánte,
despertastesa cidade com êsse gritu lancinánte...